Peru: Lima – Cidade dos Reis

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Devido a minha pesquisa antecipada, foi uma boa sacada ficar um dia a mais na capital. Definitivamente, Lima é muito mais que uma conexão de vôo estendida no caminho de Cuzco.
No segundo dia em terras peruanas, fiz meu tradicional city-tour para decidir qual atração iria escolher ver no detalhe.
O centro histórico, que o guia se referia como Lima Colonial, me pareceu bem conservada, limpa e cheia de detalhes a serem conhecidos. Tomamos a Plaza Mayor como referência e começamos nossa andança, como muitos outros grupos que se esbarravam nas redondezas.
O trabalho em madeira dos pomposos balcões, nos coros das igrejas, os detalhes do chafariz da Plaza Mayor, opção de pequenos museus a se visitar, lotam a agenda de uma turista curiosa como eu. Porém, o meu foco nessa visita era a cultura pré-hispânica. Por isso, não me demorei a chegar a Huaca Pucllana, num esforço tremendo para não negligenciar injustamente o rico campo de conhecimento que essa capital tem a oferecer sobre a dominação espanhola.

O que é Huaca Pucllana?
Para mim, um local difícil de esquecer. Meu primeiro contato com a “presença” Inca. Um sítio arqueológico, hoje em Miraflores, e que no passado compreendia um importante centro administrativo e religioso de aproximadamente 15 hectares. Mais uma vez de modo bastante organizado e atencioso com o visitante, pude aguardar o horário da próxima visita guiada numa área generosa em material sobre o que eu veria a seguir.
Fiquei muito impressionada com a forma como os tijolos eram fabricados, a engenharia anti-terremoto para construções altas e que resistiram até hoje, a maneira como se integravam com a paisagem natural, o posicionamento estratégico e bem calculado dos templos. Enfim, pude ter uma amostra de como viviam essas pessoas que foram massacradas. Do alto da construção mais imponente, que provavelmente era um templo, vi um pedacinho do Pacífico, quase escondido pela cidade atual. Por um momento, me imaginei nos tempos dos pré-hispânicos, observando o mar: Imenso, cheio de mistério e que inesperadamente traria a desgraça.
Essa visita vale demais! Não percam. Além desse sítio arqueológico existem outros em San Miguel, San Isidro e o grandioso Pachacamac.
Ah! Dentro do complexo Huaca Pucllana há um restaurante que me pareceu interessante pela decoração e tranqüilidade.

Na volta ao hotel, passei por uma lojinha interessante de produtos típicos e descobri o Coca K’Intu, jeito de reverenciar a Mãe Terra e fazer-lhe pedidos como os Incas. A atendente me explicou o ritual com boa vontade e registro aqui o que aprendi:

Coca K’Intu – Faça um pedido como os Incas
O que vai precisar? 3 folhas de Coca.
Como se dá o ritual? Pegue as 3 folhas de coca, segure-as para o alto com reverência e faça uma oração para Pachamama – Mãe Terra. Em seguida, faça um pedido e sopre suavemente o K’Intu. Feito isso, coloque-o sobre um papel quadrado e dobre os quatro cantos. Enterre o seu K’Intu com amor e seu desejo se tornará realidade em breve.

Por falar em folha de coca, posso encher o peito e gritar que minha viagem foi sustentada pelo chá dessas folhinhas milagrosas. Combati bravamente os efeitos da altitude em Cuzco com esse santo remédio. Receita de quem? Do motorista que me levou até o aeroporto, quando dei até logo a Lima. Também nesse trajeto, aprendi que o trânsito na cidade, como em outras capitais do mundo, é complicado. E, nesse caso, perigoso. Tanto que reparei que as motos são raras, devido ao alto risco de acidente.

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